Cap. 305
Augustus vai entrando na igreja e se guia pelos berros do padre Westwood:
— Que diabos estão fazendo no meu quarto?
— Você disse para ficarmos aqui enquanto você ficava na casa do prefeito, lembra, sua mula velha? – responde igualmente gritando Lucretia, que sente uma certa felicidade ao ver todos (ou quase todos) de volta.
Westwood se lembra de que realmente fez o acordo para usarem sua igreja, mas não pode deixar Lucretia sair ganhando:
— Disse para ficarem na igreja, não no meu quarto. Isso é uma ofensa e um sacripélago.
Todos se entreolham e Augustus arrisca: — Sacrilégio?
Westwood, bufando e aproveitando para sair: — Que seja! Vão todos para o inferno.
Lucretia: — Querido, que bom que você…
Wayne atropela a mulher: — Tex?
Augustus: — Morto.
Wayne: — Quem matou?
Augustus: — Eu.
Wayne: — Como?
Augustus: — Eu o explodi.
Lucretia arregala os olhos, mas Wayne respira, pondera e volta a se deitar: — Se você dissesse que tinha atirado nele eu ficaria preocupado, mas explodir alguém é algo que você parece capaz de fazer bem-feito.
— Posso voltar a falar, meu amor? – pergunta Lucretia ao xerife que só gesticula para que ela continue.
— O que aconteceu com Cobra Traiçoeira?
Augustus: — Ele se feriu bastante com os tiros que levou do Tex e com os solavancos no bote?
Lucretia: — Bote?
Augustus: — Tivemos que descer a Montanha do Silêncio em um bote.
Lucretia: — Em um rio?
Augustus: — Não, em uma avalanche depois de explodirmos Tex e parte do topo da montanha.
Lucretia: — Jesus!
Augustus: — Mas isso ajudou a matar os índios comedores de gente que nos encurralaram lá.
Lucretia tenta assimilar todas aquelas informações e Augustus complementa:
— Mas o que importa é que sobrevivemos e o delegado está sob os cuidados da avó, em sua aldeia.
Essa parte faz Lucretia se tranquilizar. Ela confia em Lua da Raposa.
Mas nunca mais ficará tranquila quando sair com Augustus. Wayne parece ter razão, o delegado é um ralo que suga tudo quanto é catástrofe possível nas imediações.
Sem saber o que se passa na cabeça da ex-dona do cabaré, Augustus pergunta:
— E vocês, estão bem?
